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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O pior fim...

Eu sei que não deveria vir aqui falar disso, mas aqui é o único lugar onde eu posso pensar bem antes de falar, então, acabo falando tudo e do jeito certo, que é o jeito verdadeiro.

Meu coração morreu. Coração de gente que se apaixona é que nem fígado e se regenera. Mas, por enquanto, tá totalmente carbonizado...
Quem fez isso, eu ou você? Claro que eu sei que fomos nós.
Então, por que a gente jogou a culpa um no outro e não abaixou a cabeça, pediu desculpas e tentou melhorar?
Foi uma doença que se alastrou entre a gente. Eu sei que, da minha parte, essa doença me impediu de amar loucamente, como um dia eu fiz. Me fez vestir uma roupa protetora, me impedindo de me iludir, sempre ligada na realidade. Você já não conseguia me fazer ver estrelas, porque eu tava vacinada; decidi abrir meus olhos e nunca mais fechar. Na verdade, meus planos eram que depois que tudo melhorasse, eu pudesse me jogar de cabeça novamente. Mas não deu tempo...
Agora, com relação a você, o que aconteceu? Era medo? Era raiva? Você perdeu sua consciência? Eu jamais vou saber a resposta...
O que dói mais não é saber que acabou, mas a forma que acabou. Como uma pessoa que definha com câncer, que passa de uma pessoa corada, forte e saudável pra uma pessoa magra, pálida e debilitada, eu também não te reconhecia mais no fim. Aliás, não foi isso que fez eu me afastar? Ainda acho que foi tudo um tipo de vingança. Você sabia que eu era uma pessoa explosiva, que faz as coisas sem pensar. O que você queria que eu fizesse? Traísse? Te xingasse das piores coisas? Te batesse?
E pra quê? Pra não se sentir culpado e dizer "Terminamos porque ELA perdeu a cabeça"?
Mas eu tinha mudado, esqueceu? Eu te avisei isso. Eu não só adquiri uma proteção contra seu poder de manipulação, mas também uma maior capacidade de prever as consequências dos meus atos e o poder de pensar antes de agir, mesmo que ainda isso seja meio complicado pra mim.
Eu observei você se transformar de anjo pra demônio. Observei meu amor ser substituído por repulsa e dor.
Observei você não me entender mais, e sempre me diminuir, através de palavras e de gestos. Observei eu perder o respeito por você, porque já não via mais o seu respeito por mim. Observei eu me armar e te tratar como um estranho, porque já não aguentava mais ser bombardeada todo tempo.
A sua doença te fez ver e prever coisas que você sabe que jamais aconteceriam, e as quais eu provei de todas as formas que jamais faria. Te fez me dizer que me odiava, porque eu era o pior tipo de pessoa pra você. Mas, o pior que sua doença fez, foi você dizer depois que tava tudo bem, que quem tava vendo intrigas entre nós era eu. Simplificando, você me batia (figuradamente) e depois acariciava.
Um cachorro volta sorridente e alegre quando seu dono faz isso, mas eu não. O ser humano não.
Você é o único desprovido desse tipo de sentimento. Ou se faz.
Outra coisa que dói mais, é saber que o cara que eu conheci e amei, no fim, já não existia.
O cara que eu amei sempre me fez amá-lo mais e mais a cada dia. Não fui eu que mudei. Foi você que me fez mudar, porque você mudou. Você abandonou nosso amor. Queria entender, quando e porquê.

Acho que jamais vou saber as respostas. E é melhor assim.
Agora, tô preparada, e isso jamais vai se repetir.


Um comentário:

  1. No fim, era medo de te perder.
    No fim, queria te botar dentro de uma bolha e cuidar da garotinha que sempre amei.
    No fim, o amor que sentia era maior que o amor que um dia alguém tentou transcrever. Tipo aquele amor de mãe, que só quer te ver ali: Sem um arranhão da vida! Ou maior que isso.
    No fim, tentava te diminuir (inconscientemente) pra não deixar você embora, porque sabia que podia cuidar de você.
    Gostava de te fazer rir, não pra alimentar meu ego como você diz, mas você cada sorriso lindo que você dava, me mostrava que eu ainda fazia parte de você.
    Te vi indo embora cada vez que chegava e isso me fazia afastar para não sentir tanto sua ausência. Na verdade, os dois se afastavam e isso fazia-nos afastar mais.
    Vi que errar 1 vez é humano mas errar Mil é amar.
    VI, que te deixei triste da mesma maneira que você me deixou. Mas o amor é cego. Ele não vê a quem machuca.

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