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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Vítima, eu? Não...

Cara, eu ainda tô na merda. Não consigo entender porque as coisas tão custando a se acertar.
Tudo a ver com estar desempregada.
Falta de dinheiro, nessa sociedade consumista, especialmente no coração de São Paulo, é a mesma coisa que estar pelado numa nevasca.
Esse é um problema que vai se enraizando e começa a englobar todos os outros pontos da vida: amigos, família, relacionamento.
O interessante, é que chega num ponto em que as pessoas começam a olhar e até a falar com você, te culpando por isso.
Se você tá desempregado e tá sem dinheiro, a  culpa é sua.
Sim, seria minha. Mas eu digo que não é.
Não é porque meu problema em conseguir um trabalho é por causa da faculdade (aquela que essas mesmas pessoas que me culpam me impunham a continuar).
A localização da faculdade (longe do coração de São Paulo) e o horário prejudicam muito!
O que eu posso fazer? Juro, eu não sei mais.
Tô tentando. Currículos e mais currículos. Saídas e mais saídas atrás de uma raridade: uma vaga que eu possa exercer e que dê no meu horário.
Ah, tem mais um detalhe (na verdade, um questionamento): tem muita vaga. Tipo, telemarketing...
Ah é, tem. Mas, vai falar pra sua família que você vai ganhar 700 reais por mês. Vai falar pros seus amigos que você vai trabalhar com uma coisa inferior dessas. Vai...
Entende meu dilema?

Resumindo: tenho que trabalhar; as pessoas me dizem que eu tenho que trabalhar; não consigo trabalho por causa da faculdade; preciso trabalhar pra pagar o transporte da faculdade; não posso sair da faculdade pra não apanhar das pessoas; não posso arrumar um emprego inferior pra não apanhar dessas mesmas pessoas.

"Ah, mas você não tem que ligar pro que os outros falam. Quem sabe da sua vida é você. VOCÊ tem que decidir suas coisas, não os outros".
É. Em partes isso é muito verdadeiro sim.
Mas, pensa naqueles que dependem disso, por exemplo, meus pais. Eles dependem que eu ganhe um salário razoável pra eu poder me bancar e dar uma ajuda pra casa. Amigos e afins não querem que eu consiga um emprego inferior com medo que eu não cresça na vida.
Medo de decepcionar as pessoas. Sim, eu tenho esse mal. Infelizmente isso é estritamente necessário pra mim: não decepcionar quem eu amo. Eu vivo pra isso. Sem isso, qual a minha razão de viver?

Infelizmente, vou ter que fazer o que for preciso (com exceção de prostituição e venda de drogas), mesmo que isso magoe alguém.
Mas, agora que eu decidi isso, parece que nem as vagas com empregos inferiores existem mais! \o/
Ah, e quando eu falo coisas desse tipo, eu tô inventando desculpas, tá. Ninguém acredita quando eu digo que tô numa maré de azar. Um dilúvio de azar.

Só queria que essas pessoas entendessem e me ajudassem. Ajudar como? Me apoiando e confiando em mim. Só isso...

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Ilusões...ou seria desilusões?...

Sabe, sempre fui apaixonada por ilusões. Me lembro criança fantasiando passar um tempo com o Goku do Dragonball, e teve o Kay e o Ray do Bayblade, que eu não sabia de qual dos dois gostava mais. Fiquei apaixonada pelo Gambit do X-men e pelo Flash da Liga da Justiça. Me apaixonei por vários personagens de filmes e livros, e muitos outros desenhos...
Eu me fixava e imaginava situações em que esses personagens gostavam de mim, e me paqueravam. Claro que não saía disso, porque eu era criança.
O que eu quero dizer é como a nossa mente consegue nos fazer acreditar e bolar as mais diversas situações que nos sejam intensas. Conseguimos sonhar muito além do possível, e, como uma coisa ruim, trazer isso pra realidade e nos confundir.

Ainda é assim. E por mais que eu me mantivesse atenta a isso por já esperar essa situação, caí nessa armadilha. Talvez por causa do tempo, pra não perder tudo o que passou, talvez pelo conforto.
Mas tudo era ilusão, e eu me mantive dentro dela por tempo demais, me machucando e causando danos aos outros.

Enfim, assumi a minha ilusão e pus um fim nisso.
Não queria. Juro.
Era tão bom. Era meu futuro. Mas o destino não me deu escolha. Ou era sair, ou continuar sofrendo e me afundando.
Ainda tenho esperanças que essa ilusão possa se tornar realidade.
Mas prometo que só aceito de volta quando for somente realidade e mais nada.


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sonhos são para quem pode sonhar...

É foda mesmo.
Tô numa situação que jamais imaginei pra minha vida. Se bem que, nunca imaginei nada tão bonitinho não, mas acho que a realidade chegou ao cúmulo!
Hoje em dia o que são os estudos??
Bom, estamos falando de medicina? Direito? Engenharia? Então... acho que nada. Ou foi assim que eu conclui nesses últimos tempos.

Olha, é bem verdade que eu sou pobre. É bem verdade que minha vida inteira minha família passou por apertos. Eu sei, eu lembro, compreendo e carrego isso comigo pra nunca me esquecer do quanto a gente pode sofrer nessa vida. Não que tenha sido dessa forma, tão garave. Nunca passei fome, graças a Deus. Mas, muitas vezes, quase chegamos lá, e era isso que apavorava.
Além disso, sempre ficou aquele clima de 'todo mundo tem tudo, e a gente não tem nada'. Era e é triste saber isso. Mas, isso não passa de inveja e capitalismo desnecessário? Então.
Por mim, eu dispenso certas regalias que, por agora, não posso ter. Sem problemas...
Ainda mais, porque tô desempregada. 
Eis que, nos últimos meses, eu tô numa enrascada. Não tenho emprego, e tenho uma faculdade pra cursar.
Procuro emprego mas não posso aceitar as vagas ou sou rejeitada por causa do horário da aula.
Mas, pera aí. Eu tenho bolsa INTEGRAL! Ebaaaa!
Eba nada. Ainda tem os gastos com passagem.
Bem, acho que é normal pensar, como eu pensei, que eu teria toda força do mundo pra continuar minha faculdade, independente dos obstáculos, porque, como sempre diz minha mãe, pra tudo dá-se um jeito.
Só que, os ânimos andam exaltados. Acho, e só acho, e com toda ironia do mundo nesse meus 'acho', que não é bem assim.
E dai que quase todo mundo de casa trabalha? E daí que eu tenho bolsa integral e deveria zelar por ela? E daí que eu não tô conseguindo emprego justamente por causa da faculdade? E dai que eu tô saindo quase todos os dias procurando emprego, mandando currículo por email, etc?
Nada disso justifica eu não estar trabalhando pra pagar minha passagem E ajudar com as despesas de casa.
Estudar pra mim é sagrado. Se eu faço algo, tem que ser bem feito. Se for pra estudar nas coxas, prefiro não estudar então. Todas as vagas às quais fui mandada sempre pegam um horário péssimo. Então, ou eu chego atrasada e perco metade da aula, ou não durmo direito e perco a aula toda. Por isso não aceitei.
Mas eu sou acusada de ser preguiçosa. De estar bolando tudo pra não trabalhar. Arrumando dificuldades.
Ah, pára né?! Quem me conhece sabe que eu não sou assim!
Diga-se de passagem, que eu tô economizando ao máximo. Deixei de ir passear já há algum tempo, não faço pedidos nem exigências, e, o mais importante, nesse tempo que estudei sem trabalhar, me dediquei ao máximo aos estudos.
O que acontece, é que tô sendo bombardeada de todos os lados, por sorrisos e palavras falsas, que fingem estarem preocupadas comigo, quando na verdade querem é saber quando é que eu vou criar vergonha nessa minha cara e ir trabalhar.
Vou assumir que tô sendo um pouco injusta. Eu acredito que minha família queira que eu faça sim a faculdade, e que, talvez, tenham se esquecido do fato de ser bolsa. Mas, mesmo assim, trabalhar é a prioridade.
Já disse que sou pobre, então, o que acontece, é que precisam do máximo de pessoas colocando renda dentro de casa pra, assim, melhorarmos de vida.
Só que... não vai melhorar. Nem hoje e nem nunca!
Não com tanta mão aberta e tanto dinheiro desperdiçado com as tais regalias que não poderíamos ter.
Eu tenho muita ciência do que ocorre dentro da minha casa. Eu sei como as coisas funcionam. E eu sei que nunca vou poder ser alguém na vida, porque não tenho bases pra poder correr atrás disso.
Talvez um dia. Mas não hoje.
Hoje eu só preciso trabalhar pra ganhar dinheiro. E ganhar dinheiro pra comprar carnes pra churrasco, ou pagar contas de bebida...

Quando a vida realmente começa?...

Eu fico pensando, por que eu tô fazendo tudo o que tô fazendo.
E por que nada dá certo.
Ou é a ordem é o contrário.

São nesses momentos que eu consigo justificar tão bem por que eu dou mais importância à morrer do que à viver...


sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Me perguntou se está tudo bem, e eu disse que sim. É claro. Se eu digo que não, já ouço aquele "ahm", que significa "de novo, lá vamos nós...", como se a única coisa que eu gostasse de fazer da minha vida fosse discutir cada problema que aparece.
A verdade é que eu gosto de conversar. É opinião unânime que as pessoas devem dizer o que sentem, principalmente quando uma outra pessoa está agindo de uma forma que entristeça a outra. Aí é necessário que as duas partes entrem num consenso. Ok, eu entendo que comigo isso se transformou em rotina, mas porque nenhuma das conversas deram em nada. Tudo na mesma. Eu gosto de tentar resolver os problemas. Mas isso é impossível quando a outra parte deixa claro que detesta isso, e prefere fingir que não aconteceu a conversar sobre as coisas e saber onde um e outro estão errando.
Só que chega um momento onde tudo se acumula. Eu sou como um balão, vou inflando e inflando, até que chega um momento que o espaço acaba. Aí eu me torno uma pessoa rude e má. E eu detesto isso, mas, como ser humano, não tem como eu sofrer as bordoadas da vida e não querer retrucar.
Onde tudo começou?
Foi uma semana difícil...
Acho que foi pelo próprio fim de semana. Quando eu fiquei sem saber se devia ir atrás ou ficar quieta no meu canto, porque deixou claro que era um dia pra estar sozinho. Aí eu entrei em curto. As duas possibilidades pareciam ruins. Passei o dia me corroendo com isso.
No resto da semana, as coisas ficaram meio repetitivas.
Mensagens que nunca foram enviadas, quando havia totalmente a possibilidade de serem. Desatenção, talvez? Eu sou chata, implicante, irritante, e tudo o mais. Mas tenho consciência que dediquei alguns segundos da minha manhã ou da minha noite pra mostrar que lembrava e me importava. Isso antes de tudo isso acontecer, claro.
Aí eu sei que vai aparecer o argumento: mas, e as ligações?
Bom, monólogos intermináveis, com muita impaciência e interrupções para fazer outras coisas, além de as ligações serem péssimas, mal dando pra ouvir qualquer coisa. Mas isso não justifica todas as vezes que desligou sem se despedir, e nem pediu desculpas por isso, quando ainda tinha sinal. Quando aparecia uma oportunidade pra eu falar, interrupções constantes, como se o que eu tivesse pra dizer não fosse nem um pouco importante. Ainda, eu alertei pra problemas por causa das ligações, mas não quis me ouvir. E quando esses problemas se mostraram verdadeiros, culpou a mim. Eu, que confiei quando disse que ia ver e tava tudo sob controle...

Fui chamada de mentirosa novamente porque não lembrava ao certo de coisas que aconteceram a quatro, cinco anos atrás, como se tivesse algo pra esconder desse tempo...
Brigamos porque quis conversar pra resolver as coisas, e, como sempre, nada se resolveu, só pareceu que eu só quero colocar limites pra me sentir poderosa. Acho que toda mulher, homem, ser humano, quer se sentir especial sozinho. É opinião, e tenho certeza que compartilha dela, que toda vez que falamos de outro ser do sexo oposto ressaltando suas qualidades, o ciúme se acende perigosamente. Ninguém quer ser lembrado que o outro tem olhos e pode olhar pras pessoas na rua e ter pensamentos sobre elas... Mas, beleza. Vamos deixar isso pra lá.
Ah, essa também não é tão importante, mas eu preciso mostrar porquê de tanta indignação.
Conversas abandonadas. Se encaixa no "o que eu tava dizendo não parecia importante". Eu falar, e, de repente, troca de assunto, talvez porque seja mais importante. Depois dizem que eu não falo nada, não tenho opinião, não desenvolvo assuntos...
Agora eu vou falar do assunto mais delicado: urubus.
Essa semana também foi a semana de encher a cabeça de caraminhola. Já tínhamos conversado a respeito, mas aí, veio o empurrão de novo. Gente querendo se fazer de importante. Aí eu pensava: ela tá querendo se fazer de importante, ou será que ela foi tratada como se fosse importante? Lógico que eu fiquei com a primeira opção. Mas, mesmo assim, a coisa ainda fica feia. Porque nenhuma atitude foi tomada. Nenhuma explicação, nenhum pedido de desculpas, nenhuma medida tomada contra essa pessoa. Talvez, ela seja importante mesmo...
Como diriam todas as mulheres do mundo: ai, se fosse comigo isso...
Me disse que eu sou muito ingênua e isso é perigoso por causa dos outros caras. E aí? Foi pego nessa armadilha que me disse pra ter cuidado. Ou acha que isso acontece só com mulheres?
As mulheres, quando querem algo com um cara, são muito piores do que os homens.
E nosso aniversário, ficou ao léu... Como se sentir feliz e comemorar, se a única coisa que te dá vontade é de gritar?

Bom, é isso.
Não sei se foi por simples desatenção, se eu não tô merecendo mais o amor de ninguém, se eu perdi a importância... sei lá. Espero um dia saber. Talvez o erro tenha sido meu...
E eu sei que eu errei e muito também essa semana. Mas, como demonstrar carinho, amor e atenção, quando se está ocupado demais refletindo sobre tudo isso?


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

"Eu cresci, agora sou mulher. E tenho que encarar com muita fé..."

Ê vida difiço :(
Tanto tempo sem trabalhar, uma faculdade pra bancar, dinheiro cabou, depender dos outros...

A vida tá indo de mal a pior. Tô começando a acreditar em mandinga, mal-olhado, inveja...
Talvez, na escola, onde eu sei que tinha muita gente que não gostava de mim por eu ser uma boa aluna, tenham me enchido de energia negativa, e agora eu virei uma fonte dessa energia.
Não é puro drama ou pessimismo. Eu acho que não tenho problemas mentais, então, consigo saber quando é exagero e quando não é.
Por exemplo, tô esperando o estágio da FUNDAP sair desde o começo do ano passado. Eu assumo que, naquele tempo, tava meio cedo... Mas, agora, faz tempo que tô em segundo na lista de dois municípios e... nada!!! Semanas empacada.

E o pior, é que preciso desse estágio, porque, ao que parece, é a única forma de eu trabalhar e estudar ao mesmo tempo, já que eu moro em São Paulo e estudo uns três municípios depois.
Ai tá mais uma prova que não tô exagerando. Vou completar quase um ano desempregada e sem encontrar um emprego que tenha um horário que case com o horário da faculdade.
Não é possível isso!
E é sempre a mesma coisa: sou chamada pra uma entrevista, o entrevistador, mesmo com meu currículo em mãos com o horário da minha aula, pergunta se tenho disponibilidade de horário. Dá uma vontade de morrer!!!!
Aí, a mesma coisa sempre: ah, o horário não dá, precisamos de alguém que possa ficar no horário que a gente quiser, ou o local é longe demais da faculdade, ou eu não tenho experiência suficiente...
Tô cansada de gastar dinheiro e tempo indo a entrevistas que não dão em absolutamente em nada! Só pra dizerem que eu sou uma péssima candidata por FAZER FACULDADE!! VÊ SE PODE ISSO??!!
“As empresas apóiam os funcionários que estudam” MENTIRA!!
Só apóiam se for do interesse DELES! Foda-se que o funcionário queira algo diferente pra sua vida!
Mas, quer saber? Pior pra eles!! Eu sou muito humilde, mas sei reconhecer minhas qualidade, e, se tem uma que eu faço questão e orgulho de dizer, é que sei trabalhar como nenhuma outra pessoa!!

Saco isso viu!!

domingo, 12 de janeiro de 2014

O monstro do armário...

Ontem eu fiz 22 anos. Hoje eu percebi que tenho 22 anos de medo.
Desde que nasci tenho um problema dentro de casa. Criança não entende nada, então minha infância foi normal. Ou assim eu pensava...
Hoje, eu percebo que tenho um jeito peculiar de me vestir, um jeito diferente de me portar, uma tristeza em tudo o que faço e falo, mania de pessimismo.
Eu sabia que onde tinha vindo tudo isso, mas nunca tinha pensado tão profundamente como fiz nos últimos dias.
Antes, eu achava que tinha criado uma tristeza, somente e mais nada. Mas, sondando, percebi que a coisa é pior do que parecia: eu tenho medo.
Medo de usar roupas curtas, medo de falar, medo de decepcionar, medo de viver. O mais interessante é que isso fica muito pior DENTRO de casa. Descobri que eu tenho medo de ficar dentro da minha própria casa, porque sei que dentro dela vive um monstro.
O que esse monstro vai fazer se eu fizer algo diferente de tudo isso? Eu não quero pagar pra ver. Por isso que preciso sair de casa o mais rápido possível. 
Quem sabe assim eu não me livre do medo...

sábado, 11 de janeiro de 2014

Feliz aniversário. Só que não...

Pois é... 22 anos.
22 anos e nada concreto.

Eu achava, quando era pequena, que ter 22 anos significava estar terminando a faculdade. Ter um trabalho que me desse garantia de alguma coisa.
Agora, ter 22 anos significa continuar a ser uma criança. Ter medo de tudo, inclusive do escuro.
Fazer faculdade, mas ainda estar no começo. Não ter um emprego porque atrapalha a faculdade.
Tenho 22 anos, e nenhuma perspectiva do futuro, nem de trabalho, nem formação, nem de família.
Fazer aniversário só se tornou um tipo de tortura, algo que me mostra que meu tempo tá passando, e nada tá indo certo...


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Só mais um péssimo dia... Ou péssima vida?...

"Vou enfiar minha cabecinha numa banheira cheia de areia e ficar por lá."

Aquele dia que a derrota pesa que nem uma desgraça nas costas, sabe?
Quando você acorda e percebe que tá desempregada, que tá sem dinheiro, e que pra estudar, vai precisar de dinheiro, mas não consegue arrumar um emprego por causa dos estudos.
Aí, como se não bastasse, percebe que tem mais um monte de problemas que tinha esquecido, problemas que não são seus, que não foi você que arrumou. Bom, você é pobre e a corda arrebenta pro lado mais fraco, claro.
E daí que você não deve nada pra ninguém? Alguém vai fazer algo que te ferre, e você passe a dever.
Pobre, pobre, pobre, pobre.
Tô me sentindo a Valdirene da novela "Amor à Vida". Parece que a única coisa que sopra na minha vida é essa palavra. Até já me sugestionei vender Hot-Dog por aí.

Fim das contas, sempre a mesma coisa: vontade de desistir de tudo.
Primeiro, da vida. Aí, no menos dramático, da faculdade. E as coisas vão se revezando assim aqui na minha cabeça.
Bom, fica um pouco pior depois de perceber o tipo de pessoa que se é. Eu tenho sã consciência que nunca vou ser nada na vida. Não por falta de oportunidade e essa coisa toda. Mas pelo simples fato de eu ser uma pessoa oca. Cérebro oco, coração burro, mente danificada. (Isso não dá mais motivação ainda pra sair da faculdade?)
Eu sei que sempre vou fazer as escolhas erradas, que não vou me destacar na minha área (caso termine a faculdade), que nunca vou saber coisas que as outras pessoas fiquem de queixo caído.
Desculpa esse drama e essa automutilação da imagem, mas é assim que eu me vejo. E eu não sinto pena, nem quero abraços por isso.
Só gostaria que soubessem, pra saberem quem eu sou de verdade, e pra não se surpreenderem com minhas atitudes (ou melhor, a falta delas).
Então é assim... Cada dia eu tenho menos força, menos esperança, menos vontade...



segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Eu queria ter morrido naquele instante...

Hoje eu finalmente entendi de verdade o significado da frase "queria que o tempo parasse naquele momento".
Eu já tinha tido momentos perfeitos, que poderiam ser os últimos. Mas o de hoje com certeza foi o melhor de todos, e talvez, seja o melhor de todos que ainda virão.
Simplesmente observar. Olhar e perceber a beleza do momento.
Não era pelo presente, nem pelas palavras que, com certeza, seriam lindas. Lógico que isso era importante na hora também. Mas, o que me fez querer que o tempo parasse era a forma como ele estava sentado. O modo como segurava o livro e o lápis, canhoto, todo desajeitado. Os olhos... Acho que os olhos eram a melhor parte. Vidrados, acompanhando as letras e decidindo se realmente estava bom, e com certeza concluindo que não, porque sempre é assim.
Aquele momento me despertou a mais sincera e pura emoção. Fui obrigada a segurar as lágrimas pra não estragar tudo com uma preocupação sobre mim. Lágrimas de felicidade. Lágrimas de "zerei a vida".
Ele é lindo, eu nunca consigo ignorar isso. É inteligente pra caramba. É muito perfeccionista.
Eu sei de tudo isso, e ainda assim, me peguei surpreendida, me apaixonando perdidamente mais uma vez. Foi como se acabasse de conhecê-lo. Foi como amor à primeira vista "Olha lá, aquele cara lindo concentrado na escrita. Acho que vou puxar assunto, chamar pra um café. Quem sabe, né..."
Eu pedi, de todo coração, pra quem quer que fosse o responsável por isso, que o tempo parasse naquele instante, como em uma fotografia. Que tudo se acabasse, sem ninguém ter consciência de nada. Queria morrer sentindo aquilo que senti naquela hora. Que paz maior poderia existir?!

Aquele, definitivamente, foi o momento pro qual eu nasci...


domingo, 5 de janeiro de 2014

Sabe o que importa mais?...


- Todas as vezes que a gente riu e sorriu.
- Todas as vezes que comemos fora, comidas boas e ruins, bastante e pouco, e ficamos inchados demais pra dar um abraço.
- Todos os lugares que fomos juntos, até mais de uma vez.
- Todas as vezes que nos comportamos, e todas as vezes que não.
- Todos os "olho-no-olho", que disseram coisas maravilhosas pra gente.
- Todos os beijos, fortes e delicados, de língua ou não, na boca ou na nuca.
- Todas as vezes que fizemos carinhos nos nossos dedos entrelaçados, ou no rosto um do outro.
- Todas as vezes que tive que correr porque sabia que ía sofrer uma trollada das grandes...
- Todas as músicas que ouvimos juntos, mesmo que tenhamos gostado ou não.
- Todas as vezes que nos atrasamos por não querer nos separar.
- E todos os miojos e arrozes queimados, também.
- Todas as vezes que nos vimos dormir, com carinha de anjo, roncando, ronronando...
- Todas as vezes que nos acordamos com um beijo por não resistir.
- Todas as vezes que fizemos algo para ajudar o outro.
- Todos os conselhos e ensinamentos.
- Todos os presentes (pequenos, grandes, caros e baratos).
- Todas as vezes que deixamos de fazer algo, ir a algum lugar, ou cancelamos compromissos com outras pessoas só pra ficarmos juntos.
- Todos os vídeos do youtube assistidos juntos.
- Todos os filmes assistidos no cinema  (os quais tenho os tickets de quase todos ainda...)
- Todos os filmes assistidos em casa, mesmo os ruins.
- Todas as vezes que sacrificamos algo um pelo outro (tempo, dinheiro, disposição, amizades...)
- Todas as vezes que namoramos na rua com medo de sermos roubados.
- Todas as vezes que pegamos trem/ônibus/metrô juntos.
- Todas os medos vencidos só pra ver o outro feliz.
- Todo o orgulho engulido.
- Todo o amor que fizemos questão de dar um pro outro.
- Todo o suor que gastamos sentindo um ao outro.
- Toda a vergonha que ficamos um do outro, e as risadas depois disso.
- Todos os planos que fizemos.
- Todas as vezes que você enxugou minhas lágrimas...

Será que isso tudo é capaz de vencer os males e nos unir, somente nós dois, em um único coração? Será que isso é capaz de provar nossas intenções?


Eu não falo só de coisas ruins, e também não penso só coisas ruins.
Na minha cabeça tem lugar pra tudo. É claro que algumas coisas acabam pesando mais que outras, mas tá tudo aqui, e vira e mexe se embaralham me fazendo ver todos os ângulos sobre todas as coisas.
A gente tropeça, cai e se machuca. Fala um monte de palavrão. Se irrita e fica xingando pelo resto da semana, que é o tempo que vai levar pro arranhão ficar latejando. Mas, antes disso, não tinha as flores e árvores tão bonitas? Não tinha um pai brincando com seu bebê? E as crianças brincando de pega-pega? Tudo isso importa. Mas, enquanto latejar o machucado, vai ser sobre isso que vai pensar mais.

Quando a gente tá feliz quer guardar isso dentro da gente, e "alivia" rindo e sorrindo, vivendo o bom momento.
Quando tá triste, não há lágrimas que aliviem. Pelo menos não pra mim. Sou do tipo que precisa de palavras pra desinchar. Não gosta de saibam tanto da minha vida, mas isso me faz bem, então, que se dane quem vai saber.
Por isso que digo: não é que eu só fale dos maus momentos; é que é só nos maus momentos que eu gosto de escrever ou falar, enquanto os bons eu sinto ao máximo.

A gente gosta de pessoas com os mesmos defeitos de outras que a gente não gosta...

Eu tava pensando e pensando, sobre todos os tipos de relacionamento que a gente tem durante a vida, e achei engraçado como a gente gosta de pessoas tão diferentes umas das outras.
Entre família, amigos, companheiros, conhecidos, e por aí vai, existem tantos jeitos de ser! E se reparar, vai ver como a gente não tem um padrão pra gostar de uma pessoa.

Existem pessoas que a gente ama, mas que precisam nos dizer o quanto nos ama também pra que continuemos gostando delas; e existem aquelas que nunca disseram e a gente também não se importa.
Existem aquelas que fazem o bem (ou o mal) e se fizessem o contrário a gente odiaria. Mas tem as que fazem o contrário e a gente gosta!
Têm pessoas que nós precisamos confiar pra continuar perto, mas tem as que a gente não precisa nem um pouco disso.
Algumas são sinceras pra caramba, e não poderia ser diferente. Mas também terão as falsas e também não poderia ser diferente.

Como pode a gente gostar de uma pessoa que tem os mesmos defeitos de outra que a gente não suporta?
A conclusão é óbvia (depende do tipo e grau de relação), mas ainda assim, isso é muito louco.