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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Ilusões...ou seria desilusões?...

Sabe, sempre fui apaixonada por ilusões. Me lembro criança fantasiando passar um tempo com o Goku do Dragonball, e teve o Kay e o Ray do Bayblade, que eu não sabia de qual dos dois gostava mais. Fiquei apaixonada pelo Gambit do X-men e pelo Flash da Liga da Justiça. Me apaixonei por vários personagens de filmes e livros, e muitos outros desenhos...
Eu me fixava e imaginava situações em que esses personagens gostavam de mim, e me paqueravam. Claro que não saía disso, porque eu era criança.
O que eu quero dizer é como a nossa mente consegue nos fazer acreditar e bolar as mais diversas situações que nos sejam intensas. Conseguimos sonhar muito além do possível, e, como uma coisa ruim, trazer isso pra realidade e nos confundir.

Ainda é assim. E por mais que eu me mantivesse atenta a isso por já esperar essa situação, caí nessa armadilha. Talvez por causa do tempo, pra não perder tudo o que passou, talvez pelo conforto.
Mas tudo era ilusão, e eu me mantive dentro dela por tempo demais, me machucando e causando danos aos outros.

Enfim, assumi a minha ilusão e pus um fim nisso.
Não queria. Juro.
Era tão bom. Era meu futuro. Mas o destino não me deu escolha. Ou era sair, ou continuar sofrendo e me afundando.
Ainda tenho esperanças que essa ilusão possa se tornar realidade.
Mas prometo que só aceito de volta quando for somente realidade e mais nada.


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sonhos são para quem pode sonhar...

É foda mesmo.
Tô numa situação que jamais imaginei pra minha vida. Se bem que, nunca imaginei nada tão bonitinho não, mas acho que a realidade chegou ao cúmulo!
Hoje em dia o que são os estudos??
Bom, estamos falando de medicina? Direito? Engenharia? Então... acho que nada. Ou foi assim que eu conclui nesses últimos tempos.

Olha, é bem verdade que eu sou pobre. É bem verdade que minha vida inteira minha família passou por apertos. Eu sei, eu lembro, compreendo e carrego isso comigo pra nunca me esquecer do quanto a gente pode sofrer nessa vida. Não que tenha sido dessa forma, tão garave. Nunca passei fome, graças a Deus. Mas, muitas vezes, quase chegamos lá, e era isso que apavorava.
Além disso, sempre ficou aquele clima de 'todo mundo tem tudo, e a gente não tem nada'. Era e é triste saber isso. Mas, isso não passa de inveja e capitalismo desnecessário? Então.
Por mim, eu dispenso certas regalias que, por agora, não posso ter. Sem problemas...
Ainda mais, porque tô desempregada. 
Eis que, nos últimos meses, eu tô numa enrascada. Não tenho emprego, e tenho uma faculdade pra cursar.
Procuro emprego mas não posso aceitar as vagas ou sou rejeitada por causa do horário da aula.
Mas, pera aí. Eu tenho bolsa INTEGRAL! Ebaaaa!
Eba nada. Ainda tem os gastos com passagem.
Bem, acho que é normal pensar, como eu pensei, que eu teria toda força do mundo pra continuar minha faculdade, independente dos obstáculos, porque, como sempre diz minha mãe, pra tudo dá-se um jeito.
Só que, os ânimos andam exaltados. Acho, e só acho, e com toda ironia do mundo nesse meus 'acho', que não é bem assim.
E dai que quase todo mundo de casa trabalha? E daí que eu tenho bolsa integral e deveria zelar por ela? E daí que eu não tô conseguindo emprego justamente por causa da faculdade? E dai que eu tô saindo quase todos os dias procurando emprego, mandando currículo por email, etc?
Nada disso justifica eu não estar trabalhando pra pagar minha passagem E ajudar com as despesas de casa.
Estudar pra mim é sagrado. Se eu faço algo, tem que ser bem feito. Se for pra estudar nas coxas, prefiro não estudar então. Todas as vagas às quais fui mandada sempre pegam um horário péssimo. Então, ou eu chego atrasada e perco metade da aula, ou não durmo direito e perco a aula toda. Por isso não aceitei.
Mas eu sou acusada de ser preguiçosa. De estar bolando tudo pra não trabalhar. Arrumando dificuldades.
Ah, pára né?! Quem me conhece sabe que eu não sou assim!
Diga-se de passagem, que eu tô economizando ao máximo. Deixei de ir passear já há algum tempo, não faço pedidos nem exigências, e, o mais importante, nesse tempo que estudei sem trabalhar, me dediquei ao máximo aos estudos.
O que acontece, é que tô sendo bombardeada de todos os lados, por sorrisos e palavras falsas, que fingem estarem preocupadas comigo, quando na verdade querem é saber quando é que eu vou criar vergonha nessa minha cara e ir trabalhar.
Vou assumir que tô sendo um pouco injusta. Eu acredito que minha família queira que eu faça sim a faculdade, e que, talvez, tenham se esquecido do fato de ser bolsa. Mas, mesmo assim, trabalhar é a prioridade.
Já disse que sou pobre, então, o que acontece, é que precisam do máximo de pessoas colocando renda dentro de casa pra, assim, melhorarmos de vida.
Só que... não vai melhorar. Nem hoje e nem nunca!
Não com tanta mão aberta e tanto dinheiro desperdiçado com as tais regalias que não poderíamos ter.
Eu tenho muita ciência do que ocorre dentro da minha casa. Eu sei como as coisas funcionam. E eu sei que nunca vou poder ser alguém na vida, porque não tenho bases pra poder correr atrás disso.
Talvez um dia. Mas não hoje.
Hoje eu só preciso trabalhar pra ganhar dinheiro. E ganhar dinheiro pra comprar carnes pra churrasco, ou pagar contas de bebida...

Quando a vida realmente começa?...

Eu fico pensando, por que eu tô fazendo tudo o que tô fazendo.
E por que nada dá certo.
Ou é a ordem é o contrário.

São nesses momentos que eu consigo justificar tão bem por que eu dou mais importância à morrer do que à viver...