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domingo, 18 de outubro de 2015

Sozinh...

Quando você se sente extremamente sozinho, que vem as lágrimas, e a dor, e você não tem pra quem dizer isso, além de um blog idiota que ninguém vai ler, de qualquer forma?!

Sobre um coração partido...

E quando você acha que significa algo para uma pessoa e na verdade você descobre que não é e nunca foi nada de importante para ela?

sábado, 22 de agosto de 2015

Não sei trocar a fita...

“Sensação de dormência. Que contraditório. Quão apropriado. Você pode realmente se sentir dormente? Ou é a incapacidade de sentir? Estou tão acostumada a me sentir dormente que eu comparo com um sentimento real?”
Retirado do link abaixo

Como eu me sinto constantemente...

E isso é uma coisa que vai e volta. É algo que não consigo explicar. É como deixar de existir por alguns instantes e ao mesmo tempo não conseguir se libertar para o descanso final. É querer respirar, sabendo que já está respirando, mas não sentir que isto está certo. As coisas normais do cotidiano ficam todas pesadas. Levantar, andar, comer, falar, até pensar, são coisas infernais de se fazer. Dá quase vontade de implorar para todos para me deixar desligar. Ficar ali, parada, sem sair do lugar, sem falar, sem pensar, sem sentir. Vem os pensamentos de "por que eu tenho que fazer isso? estudar, trabalhar, interagir, sair?". Tudo isso vem sem nenhum motivo. Nos momentos que deveriam ser de maior felicidade, ou pelo menos contentamento. Vem de noite, de manhã, no meio do caminho para algum lugar. Vem na culpa de comer, ou de deixar de comer. Vem porque me arrumei, ou porque não me arrumei. Se bem que, quando me sinto assim, some toda minha preocupação sobre o que os outros estão vendo em mim, se aprovam ou desaprovam. Na verdade, muitas vezes até dá pra sentir uma ponta de contentamento em saber que as pessoas estão vendo algo ruim em mim. Como se isso fosse afastá-las e pudesse finalmente me deixar em paz. O passado, o futuro e o presente viram uma única coisa: nada. Não existe vontade de chegar a lugar algum, de reviver coisas boas ou repassar as coisas ruins, de aproveitar o momento. Tudo se resume a querer deitar no chão mesmo e ficar lá, de olhos abertos, esperando que algo fosse acontecer pra te levar pra longe dali, longe do mundo, de qualquer coisa que a gente conheça. Em uns momentos, que estão até que bastante presentes, a alma volta, de alguma maneira, e aquilo fica esquecido, aquela vontade toda de nada. Mas quando volta, eu imagino como consegui parar de sentir antes. De alguma forma, ao mesmo tempo que essa sensação é horrível, é deliciosa. Quase dá pra dizer que não quero que acabe. Mas eu quero que acabe. De um jeito ou de outro. Tomara...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Os dias passam devagar...

Dói.
A dor é indescritível. A perda deixou um buraco, e parece que sou puxada pra dentro desse buraco, e isso faz a vida parar.
A recuperação demora, mas chega. O tempo vai passando, novas memórias vão sendo construídas, a necessidade de abrir fotos e buscar informações vai diminuindo. Parece muito drama, mas só quem tem uma carga de anos sabe o que é isso que estou descrevendo.
Não quero mudar pra algo que não goste, mas acho que esse momento é a oportunidade de conhecer coisas novas, lugares novos, pessoas novas. E isso somado à necessidade de ter que permanecer com a mente ocupada 24 horas direto. Muitas pessoas diriam que isso não é se recuperar, mas se isso torna mais fácil de levar a vida e esquecer os problemas, por que não?
A partir do momento em que a rotina começa a ficar insuportável, tudo que faz sai errado, esquece e deixa coisas por fazer por não estar concentrado, acho que é válido conseguir alternativas pra tentar resetar a mente.
Eu poderia beber até cair, fazer uso de drogas, tentar remédios pra dormir, e essas coisas. Mas isso sim seria ir por um caminho totalmente anormal (pelo menos no meu caso). Uma das coisas que sinto mais falta é de conhecer coisas das quais jamais tinha ido atrás sozinha. Então, um bom jeito de começar é fazer isso, ter autonomia para ir e conhecer novidades.
Espero que passe logo essa sombra negra e a dor. Eu sei que jamais vou me recuperar 100%, mas tenho fé que tudo um dia será somente uma linda lembrança, sem mágoas e sem rancor, e eu buscarei isso com toda minha força.
=D

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Confissão...

E dessa vez, não é possível mesmo. Eu descobri uma nova sensação, um novo sentimento, sei lá como eu classifico isso. Só sei que é algo que supera a dor. Dor é muito mais fácil de entender e sentir do que isso. Na dor você chora, e o choro alivia. Nesse novo sentimento, eu choro e parece que algo me puxa pra fora da realidade. Eu sinto que vou desligar, mas não desliga. O meu corpo chegou a tremer com isso. É assustador, porque eu não sei o que é, nem o que isso vai fazer com a minha vida, se é passageiro ou não, se vai demorar pra ir embora...

Isso não tem só a ver com os 5 anos recentemente jogados fora, como se não fossem nada, o que já é um baita motivo pra ficar puto e doido, mas o que isso me mostrou.
Pensando um pouco no meio dessa dor avassaladora, percebi que o que eu tinha no meu coração, não era só a falta de algo que eu amava, mas todo o tipo de porcaria que esse algo encobria.
Quando chegou, o algo me fez muito bem, porque era bonito sim. Mas, acho que sem saber, me fez um favor. Se usou de forro pra cobrir toda a escuridão que eu trazia dentro de mim. Eu tinha me esquecido do acúmulo de tristeza e indiferença que eu tinha guardado...
Agora, o algo se foi, e meu Deus... eu vi tudo!! A minha âncora foi levada, e meu barco começou a velejar de novo pro meio do nada. O nada que é o desapego e a raiva de tudo. Porque esse mundo é inútil demais, e todo mundo se engana achando que tem que fazer algo aqui, do nascimento até a morte, e eu sempre me perguntei: O quê? e Pra quê? e a resposta não existe... nunca existiu.

Eu fico vendo tudo o que tem de errado e isso me causa taaanto sofrimento, que eu não vejo porque vale a pena passar por isso. Existem coisas bonitas sim, mas na nossa realidade, é uma coisa bonita e boa pra mil ruins, e isso não é exagero.

Não faço a mínima ideia de como me livrar desses pensamentos, e eu tinha deixado essa questão pra lá, porque ficou mascarada pelo algo. Sozinha, quebrada, chorando o luto, ainda tenho que pensar nisso?? Por que não nasci com peito e bunda em vez de cérebro? Por que eu tenho que pensar tanto, e por que sou tão diferente de todo mundo???

Queria tanto conversar com alguém, mas ninguém entende isso. E eu já sei tudo o que vão me dizer. E também, não quero encher de coisas ruins a vida de outras pessoas. Cada um tem seu fardo. Só não sei porque temos que carregá-lo e muito menos pra onde...

O que eu tô sentindo:
medo, tristeza, desapego, indiferença, uma sensação de que vou explodir (e INFELIZMENTE sei que isso NÃO vai acontecer), medo de isso ser pra sempre, e eu chegar nos meus anos cansados pensando "Cheguei até aqui pra descobrir que isso nunca iria passar?!", medo de ter que me relacionar com as pessoas e passar essa porcaria toda pra elas, medo de ser julgada, medo...


Existe uma sombra aqui atrás de mim, e ela sempre esteve. Houve um tempo entre a adolescência e agora que eu não a enxergava, mas ela sempre esteve aqui.