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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Vítima, eu? Não...

Cara, eu ainda tô na merda. Não consigo entender porque as coisas tão custando a se acertar.
Tudo a ver com estar desempregada.
Falta de dinheiro, nessa sociedade consumista, especialmente no coração de São Paulo, é a mesma coisa que estar pelado numa nevasca.
Esse é um problema que vai se enraizando e começa a englobar todos os outros pontos da vida: amigos, família, relacionamento.
O interessante, é que chega num ponto em que as pessoas começam a olhar e até a falar com você, te culpando por isso.
Se você tá desempregado e tá sem dinheiro, a  culpa é sua.
Sim, seria minha. Mas eu digo que não é.
Não é porque meu problema em conseguir um trabalho é por causa da faculdade (aquela que essas mesmas pessoas que me culpam me impunham a continuar).
A localização da faculdade (longe do coração de São Paulo) e o horário prejudicam muito!
O que eu posso fazer? Juro, eu não sei mais.
Tô tentando. Currículos e mais currículos. Saídas e mais saídas atrás de uma raridade: uma vaga que eu possa exercer e que dê no meu horário.
Ah, tem mais um detalhe (na verdade, um questionamento): tem muita vaga. Tipo, telemarketing...
Ah é, tem. Mas, vai falar pra sua família que você vai ganhar 700 reais por mês. Vai falar pros seus amigos que você vai trabalhar com uma coisa inferior dessas. Vai...
Entende meu dilema?

Resumindo: tenho que trabalhar; as pessoas me dizem que eu tenho que trabalhar; não consigo trabalho por causa da faculdade; preciso trabalhar pra pagar o transporte da faculdade; não posso sair da faculdade pra não apanhar das pessoas; não posso arrumar um emprego inferior pra não apanhar dessas mesmas pessoas.

"Ah, mas você não tem que ligar pro que os outros falam. Quem sabe da sua vida é você. VOCÊ tem que decidir suas coisas, não os outros".
É. Em partes isso é muito verdadeiro sim.
Mas, pensa naqueles que dependem disso, por exemplo, meus pais. Eles dependem que eu ganhe um salário razoável pra eu poder me bancar e dar uma ajuda pra casa. Amigos e afins não querem que eu consiga um emprego inferior com medo que eu não cresça na vida.
Medo de decepcionar as pessoas. Sim, eu tenho esse mal. Infelizmente isso é estritamente necessário pra mim: não decepcionar quem eu amo. Eu vivo pra isso. Sem isso, qual a minha razão de viver?

Infelizmente, vou ter que fazer o que for preciso (com exceção de prostituição e venda de drogas), mesmo que isso magoe alguém.
Mas, agora que eu decidi isso, parece que nem as vagas com empregos inferiores existem mais! \o/
Ah, e quando eu falo coisas desse tipo, eu tô inventando desculpas, tá. Ninguém acredita quando eu digo que tô numa maré de azar. Um dilúvio de azar.

Só queria que essas pessoas entendessem e me ajudassem. Ajudar como? Me apoiando e confiando em mim. Só isso...